Robert Pimple | Barry McGee OAKLEY

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ROBERT PIMPLE

As instalações de multimídia anárquicas e divertidas de Barry McGee combinam os impulsos transgressivos e anti-autoritários de graffiti com as técnicas consideradas de prática artística formal. Por mais que ele diga que os dois estão relativamente separados- “Faço trabalho interno e faço trabalho externo” - sem dúvida, McGee tenta encurtar a enorme distância entre a atmosfera espontânea e descontrolada da arte de rua e o cubo branco planejado da galeria. Refletindo formas de arte punk, alternativas, folclóricas e outras não-institucionais, seus ambientes de multimídia combinam resíduos da cultura urbana com elementos formais, tradicionais ou de pinturas, gerando um diálogo ambivalente entre os dois espaços. Objetos encontrados, descartados e reciclados, veículos capotados, figuras motorizadas, componentes de áudio, e monitores de vídeo estão ao lado de retratos, textos, montagens de fotos enquadradas e desenhos, e seções geométricas de “papel de parede” com campos de cor.
Suas instalações também têm um certo grau de obstinação humorística: uma exposição recente incluiu a escultura de uma mão segurando uma lata de tinta spray saindo de uma camuflagem folhosa cômica em graffiti - dando forma literal e metafórica ao desejo do artista de ver “a evidência da mão humana em um lugar, em um momento, e então somente na memória”.

Uma empatia com a cultura jovem e um desejo de propagar um discurso diferente da publicidade comercial são a base do trabalho de McGee. “Com aversão à cultura de desejo e consumo,” como ele descreve, McGee expressa a prática inerentemente desordenada de graffiti - uma que inunda a paisagem com (por definição) marcas potencialmente perturbadoras não solicitadas - como uma correção ao desequilíbrio corporativo. Para os governos, graffiti é vandalismo. Para outros, isto é, aqueles que o praticam, é uma forma de expressão, uma identidade, uma comunidade e um escape. McGee surgiu como uma figura importante na história do graffiti de São Francisco começando na década de 1980 sob o nome de “Twist”. Suas imagens reconhecidas de rostos caricatos, sombrios e abatidos inspirados nas pessoas desabrigadas e nômades nas ruas da cidade, frequentemente acompanhadas de textos, geravam comentários comoventes apesar de passageiros sobre a condição esquecida de estrangeiros em uma comunidade. Esses personagens aparecem em suas instalações de várias formas, incluindo desenhos e fotos. A temporalidade dessa linguagem visual e a urgência de sua comunicação transmitem uma história que é continuamente reescrita, apagada, e escrita novamente. Como McGee comentou “Gosto da sensação do trabalho nas ruas - é como um relance ou algo que você só captará.” Willem de Kooning, um artista cujas abstrações caóticas podiam de alguma forma ser comparadas aos gestos descontrolados do graffiti, uma vez referiu-se ao “relance” de um momento inquantificável como uma inspiração que é rapidamente sentida e então incessantemente perseguida. A manifestação dessa sensação efêmera e perpetuamente impossível de agarrar está presente no método de trabalho de McGee, tanto uma frustração quanto um ímpeto contínuo. Suas marcas, tanto na galeria quanto nas ruas, têm uma existência finita, parte do rodízio de tempo e memória. Em meio à cacofonia temporal dos trabalhos de McGee, encontramos a evidência bagunçada de vida e o páthos absurdo da existência humana.

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